Artigos
Escovar os dentes antes ou depois das refeições?
Escovar bem os dentes é fundamental para que as crianças cresçam saudáveis e evitem problemas como as cáries e a gengivite, caracterizada pela inflamação da gengiva. A higiene regular dos dentes começa antes mesmo de nascerem os primeiros dentinhos, para eliminar resíduos de leite nas gengivas, e deve se intensificar com a saída dos dentes de leite, que estão suscetíveis aos mesmos problemas e complicações que os dentes permanentes, podendo apresentar desconfortos e doenças, se não forem bem cuidados. Muitas famílias, porém, não escovam os dentes com frequência ou se habituaram a escovar os dentes logo ao acordar ‒ e não após as refeições ‒, mas será que essa prática é a mais indicada?
Segundo Adriana Cátia Mazzoni, odontopediatra e membro do Núcleo de Estudos de Saúde Oral da Sociedade de Pediatria de São Paulo, o ideal é que os dentes sejam escovados após as refeições. Vale destacar que os pequenos de até 8 anos devem realizar o procedimento sempre acompanhados de seus pais.
“A higiene bucal como rotina pelo menos três vezes ao dia é necessária, e deve ser feita com escova de cabeça pequena, cerdas macias e inteiras, acompanhada de pasta com flúor. A quantidade de pasta sobre a escova deve ser: para crianças de 1 ano de idade, metade de um grão de arroz; de 2 a 5 anos, o equivalente a um grão de arroz, e a partir desta idade, a quantidade de um grão de ervilha”, explica Adriana.
É fundamental ensinar para a criança que os cuidados com a saúde bucal não se resumem à escovação. O fio dental também deve fazer parte da rotina de higiene e é importante ensinar a criança a usá-lo da forma apropriada, sem agredir as gengivas. Os responsáveis devem passar o fio dental uma vez ao dia, sempre respeitando a maneira correta: o fio deve entrar entre os dentes, abraçando-os e indo em direção à região subgengival de um dente, região adjacente de outro e depois sair.
“O incentivo vem do exemplo da família. De qualquer maneira, é importante lembrar que nem sempre a criança entenderá a necessidade de fazer a higienização bucal, mas ela não é responsável por isso e sim os adultos O ideal é que sejam criadas regras da família. Nem sempre a criança terá vontade de fazer a higienização, mas é fundamental que seja realizada”, completa Adriana.
A odontopediatra faz ainda uma ressalva quanto ao consumo de bebidas como água de coco e sucos, que para ela, devem ser evitados na rotina diária. “Além do teor alto de açúcar, a criança não mastiga a fruta e deixa de se interessar pela ingestão de água, que é muito importante para o equilíbrio da acidez da saliva. Vale lembrar que mastigar é um excelente exercício para o crescimento e desenvolvimento crânio facial, portanto a dieta deve ser rica em fibras”, conclui Adriana.
LEIA TAMBÉM
[mc4wp_form id=”26137″]
Maria Clara Villela
Maria Clara Villela é estudante de jornalismo na faculdade Cásper Líbero. Fascinada por escrita, já desenvolveu textos em diversas editorias, incluindo esporte, parentalidade e política, suas maiores paixões.
VER PERFILAviso de conteúdo
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita. O site não se responsabiliza pelas opiniões dos autores deste coletivo.
Veja Também
Por que as festas de fim de ano são tão difíceis para crianças com seletividade alimentar (e como ajudar de verdade)
Pratos desconhecidos, aromas novos e comentários de familiares podem transformar a ceia em um enorme desafio emocional para crianças seletivas....
Menores fora das redes: a exclusão da Austrália é cuidado ou ilusão?
Primeiro país a adotar a medida, a Austrália reacende um debate global entre famílias, escolas e governos: como proteger crianças...
Seu filho não precisa sentar no colo do Papai Noel; 4 cuidados essenciais para crianças neurodivergentes
Com preparo, respeito ao ritmo da criança e uma boa dose de acolhimento, a magia do Natal pode ser especial...
A infância em looping: o que a denúncia contra o TikTok revela para nós, mães
Para o Instituto Alana, mecanismos como rolagem infinita, autoplay e recompensas digitais funcionam como gatilhos de vício, desrespeitando as normas...





