Escotismo completa 100 anos em Beagá e não para de crescer

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Grupos de escotismo da capital mineira celebram data especial com quase 2.000 membros e aumento de 25% na procura em dois anos

 

Por Rafaela Matias

Diversão e aprendizado: os lobinhos entendem o valor da amizade desde os 6 anos | Foto: Divulgação

A ideia do militar inglês Robert Baden-Powell, quando fundou o movimento escotei­ro em 1907, era ensinar algumas técnicas de sobrevivência em um acampamento para 20 jo­vens na Ilha de Brownsea, no Canal da Mancha. O objetivo era que eles pudessem voltar para suas casas mais independentes e com novas ha­bilidades. De fato, os rapazes aprenderam a dar nós e acender fogueiras, mas os principais en­sinamentos deixados por Baden-Powell tinham seus pilares na edificação do caráter e na ser­ventia social. 

Fonte: Escoteiros do BrasilMais de um século depois, os dez manda­mentos que formaram os primeiros escoteiros (veja no quadro) ainda são seguidos pelos 1.857 membros dos 33 grupos da Grande Belo Hori­zonte. Na capital mineira, que é hoje o maior distrito do país, o movimento chegou há exa­tos 100 anos e várias celebrações marcarão o centenário do escotismo belo-horizontino em 2017. Segundo o diretor da região metropo­litana, Ricardo Machado, a maior delas acon­tecerá no feriado de Tiradentes (21 de abril), com a realização do grande jogo escoteiro, no Parque Municipal. “Esperamos um público de 1.200 pessoas, de todos os grupos do distrito, para participar de um campeonato com vários jogos e desafios.” 

Desde 2015, o interesse por se tornar esco­teiro aumentou consideravelmente, e a procura subiu uma média de 25% nos grupos de Beagá. Apenas entre os lobinhos (entenda as classifi­cações no quadro), houve aumento de 23% no contingente e há fila de espera. Isso porque os 590 adultos voluntários que organizam os en­contros precisam de ajuda para conseguir ab­sorver essa meninada toda, mas a procura de pessoas maiores de 21 anos ainda é bem menor do que a demanda entre os pequenos. 

Fonte: Ricardo Machado, diretor dos escoteiros na Grande BH

Regras e brincadeiras

Luiza Fonseca Moraes, de 9 anos, diz que fica muito feliz em se cercar de verde | Foto: Arquivo PessoalE não é por acaso que tem tanta criança que­rendo virar escoteira por aí. Os encontros, que acontecem semanalmente, são regados a brin­cadeiras com terra, trilhas e atividades para se sujar bastante. Palavras como “tropa”, “patru­lha” e “clã” são usadas a todo momento e incrementam a atmosfera lúdica da rotina de trei­namentos. E a diversão não para por aí. Os escoteiros têm gritos de guerra, fazem acam­pamentos, usam uniforme e aprendem a dar nós firmes. Eles sabem confeccionar cadeiras de bambu, fogões de terra e conseguem até assar ovo no espeto. É dessa parte dos acam­pamentos que os lobinhos João Guilherme de Matos Santiago e Pedro Duarte, de 10 anos, mais gostam. Para João, a fuga da cidade gran­de, que acontece cerca de três vezes por ano, é um alívio. “Eu me sinto livre quando durmo perto da natureza, e não cercado por cimento e pedra”. A lobinha Luiza Fonseca Moraes, de 9 anos, também defende a ideia. “Fico muito feliz por ter esse momento cercada pelo ver­de, de me divertir enquanto aprendo e ficar perto de pessoas dedicadas. Considero como minha segunda família.”

Brincadeiras são importantes, mas escotismo também é coisa séria. Disso, o lobinho João Gui­lherme sabe bem. Ele, que participa do grupo localizado no Parque das Mangabeiras (veja esse e outros endereços abaixo), tem um objetivo bem definido: “Aprendi que tenho que ser gentil e generoso. Que­ro tornar o mundo um lugar melhor, essa é a minha meta.” Pedro Duarte, de 10 anos, também tem um propósito ambi­cioso: ele quer receber o Cruzeiro do Sul, o maior distintivo do ramo lobinho, que exige o cumprimento de uma série de atividades, como crescer dentro da alcateia em relação aos colegas e aos mestres, fazer uma coleção, praticar esportes, começar a aprender uma nova língua e cuidar dos animais. Baden-Powell ficaria orgulhoso desses garotos!

 

Quer fazer parte?

Veja os contatos de alguns grupos de escoteiros em BH e região 

GRUPO 7 – Do Ar Padre Eustáquio

Endereço: Rua Ocidente, 39, Padre Eustáquio Contato: 3411-1148 | 3789-2314 | [email protected] 

GRUPO 21 – Mangabeiras

Endereço: Rua Caraça, 900, Serra. Contato: 21geman.org 

GRUPO 52 – Duque de Caxias

Endereço: Avenida Afonso Pena, 1377, Centro. Contato: 9 8455-4996 | 9 9536-6905 | [email protected] 

GRUPO 68 – Rui Barbosa

Endereço: Rua Madre Marguerita Fontanarosa, 271, Eldorado, Contagem. Contato: 9 9431-8035 | 9 9157-8640 |[email protected] 

GRUPO 83 – Olave Saint Clair

Endereço: Rua do Rosário, 1840, Ingá, Betim. Contato: 9 9254-5591 | 9 9248-6719 | [email protected] 

GRUPO 23 – Antônio Mourão Guimarães

Endereço: Rua Juramento, 1464, Baleia. Contato: 9.9978-4443 | 9 8815-7295 | r[email protected] 

GRUPO 139 – Nova Floresta

Endereço: Rua São Gonçalo, 1364, Nova Floresta. Contato: 9 8403-9498 | 3375-1002 | [email protected] 

GRUPO 149 – Alferes Tiradentes

Endereço: Rua Platina, 580, Prado. Contato: 9 8612-0498 |3486-3579 | [email protected]

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