Cresce circulação da doença mão-pé-boca: saiba mais sobre sintomas e como tratar

A pediatra Marcela Noronha esclarece as principais dúvidas sobre essa doença viral que afeta principalmente crianças até os 5 anos de idade

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Pediatra examina a pele de criança para verificar doença que causa danos na pele
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A mão-pé-boca é uma doença viral comum em crianças, principalmente nas menores de 5 anos, e que está em grande circulação no momento, embora seja mais comum no verão e início do outono. A seguir, esclareço as principais dúvidas sobre ela.

Qual o nome do vírus que causa a doença mão-pé-boca?

O vírus Coxsackie A16 é o responsável por essa doença.

Como esse vírus é transmitido?

A transmissão ocorre através de fluidos corporais, como secreção nasal, saliva, fezes e contato com as lesões.

Quais são os sinais e sintomas da doença?

Normalmente, se inicia com febre baixa, menor que 38,5ºC, durante um a dois dias e depois aparecem aftas na língua, além de múltiplas lesões avermelhadas que podem ou não conter líquido dentro. Acometem todo o corpo, até mesmo os genitais, mas principalmente as mãos, os pés, dentro e ao redor da boca. As lesões podem ou não ser doloridas, e algumas crianças não conseguem comer bem devido à dor de garganta muito intensa.

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)

Existe algum exame para diagnosticá-la?

Existe sim, porém é desnecessário na grande maioria dos casos. Para fazer o diagnóstico, a história clínica associada ao exame físico, em geral, é suficiente.

Como tratá-la?

Como é uma doença viral não existe tratamento específico. As medicações são oferecidas para alívio dos sintomas, como antitérmicos e analgésicos para ajudar a criança a se recuperar. Mas atenção: a aspirina nunca pode deve ser oferecida para esse problema, pois pode provocar uma doença rara séria chamada Síndrome de Reye.

Quando preciso procurar um médico?

Normalmente, a doença mão-pé-boca é benigna e melhora sem necessitar de ajuda médica. Porém, caso a criança não consiga se alimentar, esteja sem fazer xixi por mais de seis horas, muito prostrada e apresentando febre persistente por mais de 72 horas, ou se os pais estiverem inseguros ou com dúvidas, é importante procurar ajuda de um pediatra.

Por quanto tempo meu filho pode transmitir a doença?

A doença é mais transmissível na primeira semana, porém o vírus ainda pode estar ativo semanas e até meses após a melhora dos sintomas.

Quando posso levar meu filho de volta para escola?

As crianças com essa doença só precisam ficar afastadas do ambiente escolar se estiverem com febre, babando muito, indispostas ou com muitas lesões no corpo. Embora seja uma doença com alta infectividade, tirá-las da escola não previne que o vírus se espalhe, isso porque a doença circula mesmo em crianças assintomáticas e também nas que já estão bem muito tempo depois de terem apresentado os sintomas.

Como evitar a doença?

Protocolos rígidos de higiene, principalmente na lavagem das mãos e nas trocas de fraldas, no caso de bebês, são o melhor método de prevenir que o vírus se espalhe, já que a contaminação ocorre principalmente pelo contato direto com as fezes.


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Marcela Ferreira Noronha
Pediatra, educadora parental e nefrologista infantil. Mãe do Lucas e da Isabela. Formada em medicina pela Universidade São Francisco (SP) em 2006, com residência em pediatria pelo Hospital Menino Jesus de São Paulo, e especialização em nefrologia infantil pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Educadora Parental certificada pela Positive Discipline Association. Fez pediatria por vocação e tem como missão de vida tornar crianças e adultos felizes, respeitosos, com inteligência emocional, senso comunitário, física e emocionalmente saudáveis.

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