Confira dicas imperdíveis para viajar com as crianças de avião e de carro

Confira dicas para tornar o passeio com os pequenos o mais prático possível #CanguruOnline
 

Por Isabella Grossi

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Foto: Arquivo Pessoal

O ano de 2017 é repleto de feriados prolongados, uma boa maneira de aproveitar os dias de folga é viajar com a família, porém sair da rotina com os pequenos requer um bom planejamento. “É preciso definir o roteiro, imaginar bem a logística e pegar o máximo de dicas para que tudo saia como esperado”, ressalta o fotó­grafo Dante Martins Borges, de 38 anos, que, junto com a esposa, a também fotógrafa Josiene Magalhães Borges, 38, e o pai, o escritor Wagner Salviano Borges, 63, rodou 10.300 km de carro, em 2015, com o filho Heitor, que tinha apenas 2 anos. 

A trupe saiu do Brasil por Foz do Iguaçu, atra­vessou a Argentina de leste a oeste, chegou ao norte, subiu o deserto do Atacama, passou pela Bolívia e voltou fazendo outros caminhos pela terra do tango. “Você tem que estar preparado para se adaptar ao rit­mo da criança”, adianta Borges. “Já tínhamos a noção de que a viagem seria em função do Heitor, então não nos aborrecíamos quando não conseguíamos progre­dir”. Para ele, o sufoco compensa. “Dá muito traba­lho, mas faríamos tudo de novo. Aliás, pretendemos fazer”, diz. “Plantamos a sementinha, e o Heitor to­mou gosto por aventura, conheceu novas culturas e, hoje, aos 4 anos, ele mesmo pede para acampar, por exemplo”, relata o pai, orgulhoso. 

Quer pegar a estrada ou sacudir as nuvens? Con­fira as dicas da família Borges, da personal organizer Juliana Faria, da advogada Luciana Rodrigues Athe­niense e da Sociedade Brasileira de Pediatria.

 

PLANEJAMENTO DA VIAGEM 

Viajar com as crianças - CanguruSP
Aventura em família: Os fotógrafos Dante e Josiene cruzaram três países em viagem de carro com o filhinho Heitor, quando ele tinha apenas 2 anos | Foto: Arquivo Pessoal

 – Estude profundamente o destino e o percurso, considerando o meio de transporte, a duração da viagem, a temperatura e os pontos de parada. 

– Envolva toda a família no planejamento. Além de fortalecer o diálogo, a criança vai se familiarizando com o destino e pode escolher os passeios que deseja fazer. 

– Leve os pequenos ao médico para uma consulta de rotina e confira o cartão de vacinas. Algumas regiões do Brasil e do exterior requisitam vacinas específicas. Fique atento. 

– Aprenda a fazer malas pequenas e práticas. Defina as peças de roupas com antecedência, segundo o clima, separe os brinquedos e, no fim, enxugue, deixando só o básico. Calcule duas mudas por dia. Se a viagem for longa, acomode em rolinhos ou em sacos fechados a vácuo. 

– Monte checklists separados para as categorias que exigem mais atenção. Entre elas, alimentação e hidratação, higiene, entretenimento e medicamentos. Agrupe os itens separadamente em sacos herméticos e identifique. Coloque tudo em duas mochilas, no máximo, para liberar as mãos. 

– Certifique-se de levar RG, certidão de nascimento e passaporte dos pimpolhos. Verifique a validade — inclusive do visto, se for o caso —, escaneie tudo antes do embarque e mande para o seu e-mail, por precaução. Menores desacompanhados de um dos pais necessitam de autorização junto à Vara da Infância e Juventude para viagens ao exterior. 

– Prepare-se para os imprevistos. Nem tudo sai como o planejado, por isso é importante manter a calma para não passar ansiedade nem nervosismo para as crianças. 

– Um dos maiores pesadelos dos pais é perder os filhos durante o corre-corre da viagem. Identifique-os com o seu nome, o nome do responsável e o telefone para contato. Se preferir, existem, ainda, outras formas de cautela, como mochilas com guia, localizador sonoro e por GPS. 

 

BAGAGEM DE MÃO

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Foto: Pixabay

 Independentemente do meio de transporte, alguns itens são essenciais para não passar aperto na jornada:

– Água mineral, suco ou chá; 

– Barrinha de cereal, lanches, frutas e bolachas sem recheio ou mamadeira com a fórmula necessária (se usar); 

– Medicamento contra náusea e vômito, dor de cabeça, gases e picada de inseto, além de repelente e protetor solar; 

– Muda de roupa, lenço umedecido, trocador acolchoado, sacola plástica para o lixo, papel higiênico, álcool em gel, garrafinha com água para a limpeza das mãos, sabonete líquido e toalhinha; 

– Agasalho e cobertor; 

– Brinquedos que não façam barulho: livros, caderno de atividades, tablet ou DVD portátil, com fone de ouvido, e pen-drive com músicas infantis. 

 

VIAGEM DE AVIÃO 

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Foto: Pixabay

– Geralmente, crianças de até 2 anos não pagam passagem aérea, quando viajam no colo de um adulto. Pesquise e reserve os assentos com antecedência, para, ao menos, conseguir bons descontos. Aproveite para fazer o cartão de milhagem do pequeno no site da companhia aérea. 

– Escolha voos noturnos, de preferência, apesar de normalmente serem mais caros. Quanto mais próximo do horário de dormir da criança, melhor, para garantir uma viagem mais tranquila. 

– A primeira fileira tem mais espaço para posicionar os pés, o que dá conforto para quem está com neném de colo. Priorize na hora de comprar. 

– Verifique, antecipadamente, a documentação necessária e as regras da companhia aérea em relação ao assento, à idade da criança e ao uso de cadeira certificada. 

– Nos voos internacionais, o cliente costuma ter a opção de reservar refeição especial para crianças, com opções de lanches e porções menores. 

– Faça o check-in on-line para não perder tempo nem se estressar na fila de espera. 

– É possível passar na segurança da maioria dos aeroportos com leite ou outras comidas de bebê em quantidade superior a 100 mL. Confirme antes, de qualquer maneira, para se programar. 

– Boa parte das companhias aéreas disponibiliza berço em forma de cestinho acoplado na parede da primeira fila. Reserve na compra da passagem e confirme com 24 horas de antecedência. E lembre-se de que o carrinho do bebê pode ser despachado na porta do avião. 

– Ofereça líquidos para ajudar a diminuir os efeitos da diferença de pressão durante pousos e decolagens. Lavar o nariz com soro também é uma boa saída, assim como dar à criança algo para mastigar ou sugar na hora da aterrissagem, para evitar dores de ouvido. 

– Já sabe se vai usar transfer, carro alugado ou transporte público na hora de desembarcar? Resolva durante o planejamento para começar bem a viagem. 

 

VIAGEM DE CARRO 

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Wagner Borges, (à dir.), 63, avô de Heitor: também acompanhou a família em viagem de carro pela América do Sul | Foto: Arquivo Pessoal 

– Depois de verificar a distância, mapeie os locais de parada, já que alguns percursos, como os cercados por serras, costumam ter menos postos de gasolina, restaurantes e outros estabelecimentos. 

– Crianças devem viajar no banco traseiro até os 13 anos, para maior segurança, ainda que a legislação brasileira permita que ela vá na frente a partir dos 10 anos. 

– Os assentos de segurança têm características adequadas às diversas fases do crescimento, do nascimento ao momento em que a criança atinge 1,45 m, quando está apto a usar o cinto de segurança. Os modelos variam entre bebê conforto, cadeirinha e assento de elevação. Informe-se. 

– Após acomodar os pequenos, verifique se os bancos estão travados, para evitar um deslocamento perigoso. Trave, também, vidros e portas e mantenha a temperatura com pouca variação em relação ao ambiente externo. 

– Providencie um espelho retrovisor para observar o comportamento dos pequenos no banco de trás. 

– Adquira um aquecedor portátil para a mamadeira e/ou uma geladeira automotiva. Se não for possível, substitua por uma bolsa ou caixa térmica. 

– No verão, protetor solar para o vidro do carro, tanto nas janelas laterais traseiras quanto no vidro frontal, é item indispensável. 

– Pare a cada duas ou três horas. De preferência, coincidindo com os horário das refeições. 

– Fique atento aos riscos de acidente durante as paradas, principalmente em estacionamentos e no limite da estrada, e verifique as condições de higiene dos locais. 

– Para manter a criança distraída, pendure brinquedos na cadeirinha ou coloque filmes infantis, além de músicas. Um acessório prático é o holder, que prende o tablet no encosto do banco dianteiro do carro. A melhor opção, no entanto, é inserir o filho na conversa durante o trajeto, mostrando o que acontece do lado de fora e fazendo planos para a chegada. 

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