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Seja ‘suficiente’ e não deixe a culpa te consumir
Culpa. Certamente um dos sentimentos que mais angustia nossas emoções. Principalmente quando a culpa está relacionada à falta de tempo que temos (ou à falta de tempo que não temos) com nossos filhos.
Muitas vezes, estamos submersos em nossas atividades profissionais, com uma rotina apertada, saindo cedo de casa e retornando somente à noite. Ou mesmo em casa, com os filhos, mas sem ter disponibilidade de dar a atenção que gostaríamos a eles.
Como então, preparar – e como estabelecer – uma relação afetiva a tal ponto que o tempo que temos seja suficiente para construirmos, tecermos e lapidarmos a emoção e a personalidade dos nossos filhos? É realmente um ponto de atenção e angústia que todos nós, mães e pais, vivenciamos.
Nesses momentos, é preciso refletir sobre a importância do trabalho em nossas vidas e compreendermos o propósito dele.
Ao ter que se dedicar exclusivamente ao trabalho, fora ou dentro de casa, é normal sentir um aperto no peito e vontade de ficar com os filhos, mas é necessário explicar para as crianças o motivo da ausência. Diga, por exemplo, que trabalhamos não apenas para darmos recursos e uma vida confortável a eles, mas também que isso nos faz feliz. Vale lembrar que pais felizes formam filhos felizes.
Independentemente da escolha que fizermos, precisamos nos sentir felizes. Até mesmo para nossos filhos criarem uma boa relação com o trabalho.
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Muitas vezes, quando não estamos bem resolvidos, projetamos a frustração nos filhos. Logo, se há pais que decidiram ficar em casa, não há nada errado, mas essa conta não é do seu filho. Ou seja: se você fez essa escolha deve ser algo que, suficientemente, seja prazeroso. Por não ter uma atividade externa, há oportunidade de ver e participar mais da vida dos seus filhos. Da mesma forma, se você escolheu trabalhar fora, a escolha também é sua, porque atende às suas necessidades – sejam materiais ou psicológicas.
Portanto, independentemente da escolha que fizermos, precisamos nos sentir felizes. Até mesmo para nossos filhos criarem uma boa relação com o trabalho.
Por fim, vale uma dica: se você tem pouco tempo para seus filhos, utilize esse convívio para elogiá-los e promovê-los. Claro que é preciso orientá-los, dar as devidas proporções às tarefas não realizadas ao longo do dia, por exemplo. Mas faça do momento que você tem com eles algo prazeroso e surpreendente.
Com um tempo de qualidade é possível criar uma conexão com seus filhos que gerará excelentes frutos. Então, não se culpe tanto.
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Camila Cury
Camila Cury é psicóloga e autora do livro “A beleza está nos olhos de quem vê” (Ed. Sextante). É presidente e fundadora da Escola da Inteligência, maior programa de educação socioemocional do Brasil, aplicado em mais de 1,2 mil escolas. Tem dois filhos, Augusto e Alice.
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