Como o conceito da ‘acabativa’ pode ajudar na rotina da família

A educadora parental Renata Pereira Lima conta que incorporou essa palavra, criada pelo administrador Stephen Kanitz, na rotina doméstica, o que, segundo ela, trouxe humor e leveza para dentro de casa

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Menina de cabelos crespos e macacão jeans lava pratos
O concento da 'acabativa' também pode ser aplicado no cotidiano familiar, sugere a educadora Renata Pereira Lima
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Você conhecia essa palavra “acabativa”? Eu a ouvi pela primeira vez em uma palestra bem legal do Stephen Kanitz, administrador e empreendedor social, que foi professor da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da Universidade de São Paulo (USP). A partir de então, ela entrou no meu vocabulário e não saiu mais!

“Acabativa” é uma palavra (lindamente) inventada por ele e significa “a capacidade que algumas pessoas possuem de terminar aquilo que iniciaram ou concluir o que outros começaram”.

De acordo com o Kanitz, os seres humanos podem ser divididos em três grupos, conforme a iniciativa e acabativa que cada um demonstra: os Empreendedores, os Iniciativos e os Acabativos. 

Os Empreendedores têm um nível alto de iniciativa e de acabativa, ou seja, não ficam só na teoria, eles concebem e implantam as ideias. É o melhor dos mundos! Já os Iniciativos têm muita iniciativa, mas pouca acabativa… São os intelectuais, os filósofos, as pessoas que sabem como começar, mas que, muitas vezes, não dão continuidade às suas “ideias brilhantes”. Por fim, vêm os Acabativos, que são aqueles com muita acabativa e pouca iniciativa. São os que gostam de implementar ideias (mesmo que não sejam suas), de executar, de pôr a mão na massa e levar o projeto até o fim. Empresários e administradores são bons exemplos de pessoas Acabativas.

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Vendo meus filhos crescerem, foi impossível não constatar na pele, ou melhor, na pia da cozinha, na mesa da copa, no chão do quarto…onde estava a acabativa? Era um tal de deixar leite fora da geladeira, guardanapo amassado em cima da pia (mas a 15 míseros centímetros do lixo), uma meia usada no chão, bem na frente do cesto de roupa suja, mas não dentro dele…

Foi aí que a comunicação entrou para ajudar. Apresentar essa palavra nova, mostrar em que situações ela estava ou não estava acontecendo, perguntar “cadê a acabativa???” Falar sobre ela trouxe humor e leveza para dentro de casa e ainda evitou uma série de atritos corriqueiros que desgastam tanto nossos dias e relações. De um jeito bem humorado, falar (e escutar!) sobre a “acabativa” ajudou a deixar claro que terminar o que se começa é um valor importante para a nossa família.  

Deixo algumas frases para te inspirar:


“Nessa casa, a gente não para na metade. A gente vai até o fim.”


“Nessa família, a gente conclui o que começou. A gente tem acabativa.”


“A gente começa e a gente termina. Esse é o nosso jeito”.

Desejo boas conversas e muita acabativa para vocês!

*Este texto é de responsabilidade do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião da Canguru News.


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