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Cerca de três crianças ainda morrem por Covid, a cada quatro dias no Brasil

Quatro anos depois do início da pandemia de Covid-19, declarada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 11 de março de 2020, ainda ocorrem pelo menos três mortes de crianças ou adolescentes de até 14 anos, em média, a cada quatro dias, por causa de complicações da doença. A informação tem como base o boletim Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), da Fiocruz e Unifase, produzido com dados do Sivep-Gripe/Fiocruz das nove primeiras semanas de cada ano, entre 2021 e 2024.
Até o dia 08 de março, ocorreram 48 mortes por Covid, segundo dados preliminares do relatório, o que indica uma média de 0,71 morte ao dia ou de 2,8 mortes a cada quatro dias, informa reportagem da Folha de S. Paulo. Esse número representa 32,4% dos falecimentos desse grupo etário por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave).
Embora o número de óbitos de 2024 seja bem menor do que o de 2021 e 2022 – quando ocorreram 118 e 326 mortes de crianças e adolescentes, respectivamente – ele é semelhante ao de 2023, quando 50 óbitos foram registrados, o que está associado à baixa cobertura vacinal mesmo cerca de três anos após o início da vacinação no Brasil. De acordo com o boletim, a proporção dessas mortes em relação ao total de óbitos por SRAG nesse ano e período foi de 24,5%.
Mortes de crianças e adolescentes de até 14 anos por Covid
2021: 118 mortes
2022: 326 mortes
2023: 50 mortes
2024: 48 mortes
* Dados se referem às nove primeiras semanas epidemiológicas de cada ano.
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Somente 23% das crianças de 3 a 4 anos foram vacinadas com duas doses e apenas 7% possuem o esquema vacinal completo com três doses. Na faixa de 5 a 11 anos, a cobertura sobe para 55,9% com duas doses e 12,8% completando o esquema com três doses, segundo o observatório que analisou dados de fevereiro deste ano do Ministério da Saúde.
“A análise mostra que temos uma vacina segura, eficiente e disponível em todos os municípios. Precisamos usar esse recurso para garantir a saúde das crianças, especialmente em um cenário desfavorável com a circulação de outras doenças perigosas, como a dengue”, alerta o pesquisador do Fiocruz e coordenador do Observa Infância, Cristiano Boccolini.
Segundo Cristiano, a relativa estabilidade dos óbitos em 2024 é preocupante e requer “esforços concentrados para aumentar a cobertura vacinal entre crianças e adolescentes, como uma estratégia chave para combater efetivamente a disseminação do coronavírus e proteger os mais jovens das formas graves da doença”.
Canguru News
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