Nesta segunda-feira (15), é o Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil, que busca alertar para a prevenção da doença. A data foi criada em 2002, pela organização Childhood Cancer International, e simboliza uma campanha global para conscientizar sobre o tema e expressar apoio às crianças e adolescentes e suas famílias.
No Brasil, ocorrem 8 mil novos casos de câncer em crianças e adolescentes por ano. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que para 2021 sejam diagnosticados no Brasil 8.460 novos casos de câncer infantojuvenis, sendo 4.310 em meninos e 4.150 em meninas. A doença representa a primeira causa de óbitos entre crianças e adolescentes na faixa etária de zero a 19 anos. Porém, cerca de 80% dos casos podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados – daí a importância de que a família esteja atenta e busque tratamento adequado já desde o início da confirmação da doença.
O câncer em crianças e adolescentes corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam os glóbulos brancos), que atingem o sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático). Também acometem crianças e jovens o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tipo de tumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), tumor germinativo (das células que originam os ovários e os testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores de partes moles).
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Sintomas
Alguns sintomas de câncer infantojuvenil são parecidos e muitas vezes confundidos com doenças comuns da infância. Por isso, diante do aparecimento de algum dos sintomas abaixo, é fundamental o acompanhamento com um pediatra.
- Palidez
- manchas roxas
- sangramento
- dor na perna
- caroços e inchaços indolores
- perda de peso inexplicável
- aumento da barriga
- alterações nos olhos
- dor de cabeça
- fadiga
- tontura
- sonolência
- vômitos pela manhã com piora ao longo do dia
- tosse persistente
- sudorese noturna
- falta de ar
Famílias com vários casos de câncer ou tumor devem ficar atentos
A hematologista e hemoterapeuta pelo Inca, Maria Cunha Ribeiro Amorelli, que atende na clínica AngioGyn, no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, explica que em núcleos familiares nos quais se percebe um aumento no número de casos de câncer ou tumores graves, raros ou de consanguinidade entre os pais, isto é, que sejam parentes, é possível fazer o aconselhamento genético pré-natal. “Nas famílias onde já se detectou uma síndrome de hereditariedade do câncer, doenças genéticas herdadas ou raras, está indicado o aconselhamento pré-natal para que a família entenda e calcule os riscos de surgimento da doença no seu filho.”
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