Reaprendendo ser mulher

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    A psicóloga Lígia Guerra falou sobre o resgate do universo feminino após a maternidade
    Por Rafaela Matias 

    Ligia GuerraQuando nasce um bebê, nasce também uma mãe. Quem já não ouviu isso? A psicóloga e palestrante Lígia Guerra concorda em parte com a afirmação. Segundo ela, toda mulher carrega dentro de si a maternidade, desde o próprio nascimento. No entanto, existe uma série de mitos que rondam esse assunto e levam-na a crer que sabe tudo o que virá pela frente. “Mas a verdade é que a mulher tem muito pouca consciência das implicações que a função materna terá em sua vida”, afirma.

    O fato de que após o nascimento do bebê a mãe precisa se redescobrir enquanto mulher é uma das verdades que, muitas vezes, só serão vivenciadas na prática e podem causar uma série de desconfortos. De acordo com Lígia, pesquisas mostram que a mulher demora até um ano no processo de reconstruir o seu universo feminino e, nesse aspecto, a ajuda e a compreensão do parceiro são fundamentais. “O processo de maternidade é lindo, mas pode deixar a mulher ferida, e alguém precisa acolhê-la. ”

    Para explicar os mitos que tornam mais difícil a evolução da mulher enquanto mãe, a psicóloga enumerou os mais relevantes e indicou o que deve ser feito para superá-los (veja o quadro). Para ela, se a mulher conseguir passar por essa dolorosa fase buscando aprender com as dificuldades, verá que pessoa incrível se tornou. E, como dizem: após a maternidade nada volta a ser como antes. Tudo se torna muito melhor.

    Mitos da maternidade

    MÃE SABE DE TUDO

    • Não sabe. E a matriarca precisa compreender que ela também erra, tem dúvidas e medos, como todo ser humano. Não é vergonhoso pedir ajuda.

    MITO DO EU

    • A mulher se cobra para voltar rapidamente ao corpo e para retomar os afazeres de antes da gravidez. Mas isso é quase impossível num curto espaço de tempo e ela não precisa se culpar.

    INDIFERENÇA MASCULINA

    • Cada vez mais, os homens querem ajudar. Querem se tornar maridos e pais melhores. Mas existem os “3 ‘D’ da paternidade” que atrapalham essa busca: o despreparo, já que eles raramente são ensinados a ser pais; a disputa que alguns travam com os filhos pela mulher; e o demérito, quando a esposa considera errado tudo aquilo que ele faz.

    INVEJA FEMININA

    • As mulheres devem contar umas com as outras. Apesar de muitos tentarem vender uma competição entre mulheres, elas são capazes de se unir e se ajudar muito.

    NADA SERÁ COMO ANTES

    • Na verdade, tudo será muito melhor. A mulher deve olhar para todas as dificuldades como uma oportunidade de aprendizado. Tudo isso dará a ela uma força digna de se orgulhar no futuro.

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