A Escola Municipal Francisco de Magalhães Gomes, localizada na Vila Clóris, região Norte de Belo Horizonte, conseguiu realizar uma façanha junto aos seus alunos: reduziu em 58% o número de crianças com sobrepeso, entre 2013 e 2016.
A instituição participou do Programa Saúde na Escola (PSE), do Ministério da Educação integrado ao Ministério da Saúde. Dos 689 estudantes que participaram do projeto, 331 tinham o peso acima do ideal, ou 48% do total. Ao final do programa, 192 tinham deixado a faixa de sobrepeso.
“Uma nutricionista da prefeitura elaborou um cardápio com restrições ao consumo de lanches industrializados na escola. Também plantamos uma horta na escola com a ajuda dos próprios estudantes e com o acompanhamento de engenheiros agrônomos da prefeitura“, disse o monitor do PSE em Belo Horizonte, Pedro Henrique da Mata e Silva.
Os alunos ainda auxiliam na colheita dos vegetais e participam de oficinas sobre a importância da alimentação saudável. Tudo o que é colhido na horta é destinado ao preparo da merenda oferecida na cantina da escola.
O programa também faz avaliação oftalmológica dos alunos, medição da pressão arterial e do Índice de Massa Corporal (IMC), avaliação dental anual e campanhas de promoção à saúde para a prevenção dos casos de dengue, vacinação do HPV, orientações sobre saúde sexual e higiene pessoal. Se necessário, o aluno avaliado é encaminhado para tratamento em um posto de saúde.
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O PSE foi instituído em 2007 e chegou à capital mineira no ano seguinte, com apenas uma escola e um centro de saúde por regional. De lá para cá, já deu um salto no número de escolas atendidas: apenas nos primeiros quatro meses de 2016, 18.017 alunos passaram pelo programa e a meta é terminar o ano com 98 mil crianças de 6 a 14 anos atendidas.
A Fundação de Desenvolvimento Gerencial (FDG), criada em 1997, dá apoio para implementação dos trabalhos quando procurada pelas escolas, por meio da metodologia de gestão integrada da educação (GIDE). “É feito um diagnóstico acerca das necessidades da escola e, em seguida, montamos um plano de ação, em conjunto com a direção do estabelecimento de ensino”, conta Rosângela Torres, pedagoga e consultora da FDG.
Em Belo Horizonte, outras cinco escolas públicas recebem o apoio da fundação, que também atua em outros municípios da região metropolitana da capital:
- Escola Estadual Carlos Campos, no bairro Eymard;
- Escola Estadual Duque de Caxias, no Barreiro;
- Escola Estadual Helena Pena, no bairro Sagrada Família;
- Escola Estadual Padre João Botelho, Barreiro;
- Escola Estadual Presidente Antônio Carlos, no Sion.