Agência Brasil
A inflação para o Dia da Criança ficou abaixo da média dos últimos 12 meses, compreendidos entre outubro de 2015 e setembro deste ano, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getulio Vargas (IPC-FGV), que acumulou elevação de 8,10%. A variação registrada na cesta de produtos e serviços mais procurados para a data chegou a 7,19%.
Apesar disso, o economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), informou que foram encontrados “vilões” no lazer, cinemas, show e teatro, que registraram aumento de 13,56%. No item presentes, a bicicleta subiu 13,26%, enquanto no de alimentação fora de casa a maior variação (13,37%) foi encontrada nos sorvetes.
Braz afirmou que, “mesmo que este ano os preços tenham subido menos, temos uma taxa de desemprego muito alta e está difícil para as famílias coordenarem gastos extras. O básico agora é o que priorizamos”. Por isso, toda a parte de lazer tem demanda reduzida para enfrentar o desânimo do mercado de trabalho.
Criatividade
O economista acrescentou que o Dia da Criança não pode ser esquecido. “Temos de usar a criatividade”, recomendou. Outra opção é partir para escolha de produtos mais baratos, como vestuário infantil, que mostra variação de 4,11% no período.
André Braz disse ainda que, embora brinquedo esteja muito caro, “sempre há uma conversa” com a criança, prometendo que um melhor será dado mais adiante. “A criança sente mais falta do afago dos pais. Se você puder sair com seu filho, brincar com ele, é melhor do que abrir um presente que em uma semana estará empilhado com outros que ele ganhou nos últimos tempos”.
De acordo com a pesquisa da FGV, as despesas com lazer para o Dia da Criança subiram 7,38% e as com presentes tiveram crescimento de 7,51%.