Dia Mundial do Câncer: veja os principais sintomas da doença nas crianças

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Da Redação

Reprodução / INCANo Brasil, o câncer é a principal causa de morte por doença em crianças e adolescentes. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre 2009 e 2013, a doença foi responsável por cerca de 12% dos óbitos na faixa de 1 a 14 anos, e 8% de 1 a 19 anos. Foram registradas 2.724 mortes por câncer infantojuvenil no Brasil em 2014, que é o ano mais recente com informações consolidadas.

Em 2017, o INCA estima a ocorrência de 12.600 novos casos de câncer na faixa etária de zero a 19 anos. As leucemias representam o maior percentual de incidência (26%) nessa faixa etária, seguida dos linfomas (14%) e tumores do sistema nervoso central (13%).

O câncer infantojuvenil é o tema da campanha lançada nesta sexta-feira (3) pelo INCA por ocasião do Dia Mundial do Câncer, lembrado todos os anos no dia 4 de fevereiro. Então, que tal tirarmos um tempinho para ler a respeito e nos conscientizarmos? Para começar, vale a pena conhecer os principais sinais e sintomas do câncer em crianças e adolescentes, listados pelo INCA:

 

  • Palidez, hematomas ou sangramento, dor óssea
  • Caroços ou inchados, especialmente quando indolores e sem febre
  • Perda de peso inexplicada, tosse persistente, febre, sudorese noturna
  • Alterações oculares
  • Inchaço abdominal
  • Dores de cabeça incomuns, persistentes ou graves
  • Dor óssea e inchaço sem trauma
  • Fadiga, letargia, mudanças de comportamento
  • Tontura, perda de equilíbrio ou coordenação

 

O que os pais podem fazer

No caso das crianças, não existem formas de profilaxia. Segundo a pediatra e diretora médica do Laboratório São Marcos, Mariana Cerqueira, alguns casos são resultado de predisposição genética e, em outros, a causa ainda é desconhecida. O fato é que, ao contrário do que também acontece com os adultos, o câncer infantil não está relacionado à dieta, aos hábitos ou ao ambiente em que vive a criança. Mas os pais não podem fazer nada para evitar o câncer infantil? Eles podem tomar duas medidas fundamentais, segundo a médica: levar seus filhos ao pediatra regularmente, para que sejam feitas as avaliações necessárias para um diagnóstico precoce, e estar atentos a sinais de risco de doenças graves, elencados acima.

Ainda na infância, é importante vacinar os pequenos contra o HPV e a hepatite B, para evitar cânceres graves e comuns na vida adulta, como o de colo de útero e de fígado. Para os pais, os cuidados também são de extrema importância: “Para uma criança, é uma experiência muito difícil ver um pai ou uma mãe sofrendo ou até mesmo falecendo por uma doença tão grave e devastadora”.

No caso das mulheres, a prevenção passa por exame de papanicolau ou citologia oncótica, de HPV e mamografia. Já os homens devem fazer avaliações clínicas com um urologista e acompanhar sua saúde com o PSA, que aponta alterações na próstata. Tanto homens quanto mulheres devem fazer o exame que detecta sangue oculto nas fezes, para verificar sinais de problemas no intestino.

De maneira geral, a pediatra aconselha a inserção de hábitos saudáveis nas crianças desde os primeiros anos de vida, como alimentação saudável e prática de esportes.

Mitos e verdades

Segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope), cerca de 70% das crianças e adolescentes com câncer possuem chances de cura se diagnosticados precocemente.

Para facilitar no entendimento da doença, a Sobope listou alguns mitos e verdades sobre o câncer infantojuvenil:

#1

Os cânceres das crianças são iguais aos dos adultos. Mito. Os cânceres mais comuns em adultos, como de pulmão e mama são parte de um grupo de cânceres chamados carcinomas, que são causados, em parte, por fatores ambientais/estilo de vida, quase nunca são vistos em crianças. Muitos cânceres infantojuvenis vêm de células do período em que o bebê ainda estava se desenvolvendo, nos estágios iniciais da gravidez.

#2

A culpa é dos pais. Mito. Ninguém é culpado pelo câncer infantojuvenil e não há absolutamente nenhuma evidência científica que comprove que criação, atividades rotineiras ou dieta causem câncer em crianças e adolescentes.

#3

O câncer infantil é genético. Depende. Ocasionalmente os cânceres da criança coincidem numa mesma família. Por exemplo, quando uma criança é diagnosticada com um tumor ocular raro, chamado retinoblastoma, a família será orientada se há necessidade de monitorar a doença em outro parente. Na maioria das famílias onde uma criança foi diagnosticada com câncer, haverá pelo menos outro membro familiar que já teve câncer, mas quase todos estes cânceres ocorrem ao acaso. A doença é causada por alterações nos genes que levam as células a se dividirem anormalmente. No entanto, estas mutações genéticas provavelmente só ocorreram naquele indivíduo.

#4

O câncer pode ser curado. Verdade. Cerca de 70% dos cânceres infantojuvenis podem ser curados se diagnosticados precocemente. Hoje, a maior parte das crianças não somente é curada da doença, mas vive uma vida plena e ativa. Com o tratamento adequado, os pacientes entram em remissão, isto é, não apresentam mais sinais e sintomas da doença. Ao final de cinco anos após o diagnóstico em remissão, os pacientes são considerados curados.

#5

Criança com câncer não pode tomar vacinas. Depende. As vacinas vivas, como as contra poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola, varicela e febre amarela estão contraindicadas em crianças com câncer durante o período de tratamento quimioterápico, porque podem provocar infecção similar à natural, o que deve ser evitado em quem está com o sistema imunológico debilitado. Já as vacinas não vivas, como as contra coqueluche, tétano, difteria e hepatite B, pneumococo, haemophilus e influenza estão liberadas de acordo com cada paciente.

#6

Adolescentes com câncer podem congelar células reprodutivas. Verdade. Mesmo sendo poucos os procedimentos que causam infertilidade, é possível que adolescentes em tratamento oncológico congelem células reprodutivas para poderem ter filhos no futuro.

#7

Crianças e adolescentes com câncer são mais suscetíveis a infecções. Verdade. Pessoas em tratamento oncológico, como a quimioterapia, têm maior probabilidade de desenvolverem quadros infecciosos porque o sistema de defesa do organismo fica debilitado, o que dificulta para o paciente combater o processo infeccioso, permitindo que ele se instale e progrida.

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