Da Redação
Um dilema clássico das mamães, principalmente as de primeira viagem, é a alimentação de seus filhotes. As rodas de conversas entre elas sempre chegam a esse assunto: meu filho parou de comer, e agora?
O que o pediatra e professor de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e coordenador da Equipe de Infectologia Pediátrica do Hospital Marco Aurélio Safadi diz é: “Não se preocupem tanto”. De acordo com ele, depois que a criança passa dos 12 meses de vida, sua curva de crescimento é drasticamente reduzida. Isso porque, no primeiro ano, a criança ganha cerca de 6 a 7kg e cresce 25 cm. No segundo, a tendência é o ganho de 2 a 3kg, ou seja, menos da metade do ano anterior. “Ora, isso gera uma impressão para as mães que algo está errado. Aqui entra a importância de uma boa orientação. Deve ficar claro aos pais que isso é normal. Monitorar a curva de crescimento de peso e estatura, mostrando que o seu filho está crescendo e engordando normalmente é muito importante para tranquilizar a família”, completa o médico.
Além disso, Safadi também separou algumas dicas para que os pais passem por essa fase sem estresse: Vamos a elas.
#1 Não façam barganhas para a criança comer, não ofereçam recompensas.
#2 Não distraia a criança para que ela “coma sem perceber”. Ligar a televisão, tablet ou celular ou mesmo fazer brincadeiras são práticas comuns entre os pais preocupados.
#3 Não use remédios estimulantes de apetite, esses medicamentos não agem de maneira fisiológica e tem uma série de efeitos colaterais que trazem muito mais danos que benefícios.
#4 Não transpareça preocupação sobre isso para a criança, não deixe que ela te perceba angustiada, ele usará isso para chamar a sua atenção.
#5 Não force, respeite a recusa.
#6 Procure fazer as refeições da criança no mesmo horário da família.
#7 Não prolongue a refeição, ela não deve durar mais que 30 ou 40 minutos.
#8 Use porções de comida compatíveis com o tamanho do seu filho.
#9 Não tente suprir o que ele não come nas refeições com leite. Leite em excesso impede que a criança se alimente adequadamente.
#10 Capriche na apresentação dos pratos, a combinação de cores e texturas pode despertar o interesse da criança pela criança.
#11 Analise as condutas comuns da criança e, se algo fugir do normal, converse com seu pediatra.
#12 E lembre-se: criança gordinha não significa criança saudável. A maior parte dos problemas com obesidade se inicia na infância.