Por Rafaela Matias
O choque anafilático é uma reação alérgica grave, de evolução rápida e que pode causar a morte.
De acordo com o Departamento de Alergia e Imunologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), até 25% dos óbitos ocorrem na escola, e a maior parte deles é pelo atraso no socorro.
Por isso, é importante saber identificar e lidar com uma criança nessas condições, para garantir os primeiros socorros imediatos.
Conheça os principais sintomas:
» urticária, inchaço, coceira, vermelhidão;
» dor de barriga, náusea, vômitos e diarreia;
» coriza, espirros, obstrução nasal, coceira na garganta, inchaço nos lábios e na língua, dificuldade para engolir, mudança na voz, tosse, aperto no peito, chieira e falta de ar;
» queda de pressão, desmaio e taquicardia.
Principais causas:
» alimentos como leite, ovo, amendoim, peixes e frutos do mar;
» picada de insetos, principalmente abelha, marimbondo e formiga;
» látex, a exemplo de produtos como luvas, balões, bicos de mamadeira e chupetas;
» e medicamentos.
Tratamento:
a epinefrina (Adrenalina®) é a única medicação capaz de reverter um choque anafilático; o início do efeito é rápido quando aplicado por via intramuscular; seu efeito pode desaparecer entre 15 e 30 minutos; doses adicionais podem ser necessárias a cada 30 minutos; toda criança que recebeu adrenalina deve ser encaminhada a um serviço de emergência, mesmo se ela estiver sem sintomas; a aplicação pode causar palidez, taquicardia e mal estar.
A ingestão de antialérgicos também ajuda na recuperação do choque anafilático, mas as doses utilizadas devem ser duas a três vezes maiores que as doses convencionais e eles devem ser administrados junto com a epinefrina, mas nunca para substituí-la. Após a medicação, é preciso encaminhar a criança para um serviço de emergência.