Antes tido como elitista, esqui conquistou de vez as famílias brasileiras

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    Por Luís Giffoni

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    O esqui entrou para o roteiro de férias dos brasileiros. Entrou para ficar. Uma pena que não tenhamos neve no Brasil. Por isso, estamos invadindo resorts mundo afora, nos Estados Unidos, Europa, Chile, Argentina e na Nova Zelândia.

    Antes tido como elitista, o esporte conseguiu adeptos pela adrenalina e pelo exercício físico que proporciona, pela beleza das paisagens onde é praticado, pelo relax mental que provoca, pela oportunidade de reunir a família em torno de uma atividade que diverte o dia inteiro. Sem falar na delícia que é sentir o gostinho do voo do pássaro ou a ausência de gravidade enquanto descemos as montanhas. As crianças descobrem isso bem cedo. Aos 4 anos, deslizam com desenvoltura pelas encostas. Demoram muito pouco para dominar a técnica. Com dois ou três dias de treino, os esquis já viraram parte de seu corpo. O resto é curtição.

    Uma região pouco explorada pelos brasileiros é o NORTE DA ITÁLIA, nos Alpes, onde não falta neve e o visual apaixona. Janeiro e fevereiro são o auge da estação, que se prolonga até o final de abril. Os preços dos meios de elevação, da acomodação e comida são convidativos. Em qualquer uma das cidades, uma boa opção é alugar um apartamento para toda a família. Nas montanhas, sobram atrações: algumas pistas têm 20 km de extensão, atingem 4.000 m de altitude, têm cabines protegidas do vento, desníveis que chegam a quase 2 km. Poucos locais no mundo oferecem tanto.

    Para a garotada e seus pais, pacientes professores ensinam as manhas do esporte. Tomar aulas, particulares ou coletivas, é fundamental para evitar acidentes. Há, ainda, snow parks, onde as crianças se divertem com trenós, tobogãs e “esquibunda”. E também não faltam atividades para o pós-esqui.

    Entre os melhores resorts do Norte da Itália, a pouco mais de uma hora de carro de Turim, estão Breuil- Cervinia, com sua pequena vizinha Valtournenche, na fronteira com a Suíça, onde se esquia ao lado do Monte Cervino, que é o símbolo dos chocolates Toblerone. Cervinia, uma das estações mais altas da Europa, permite conexão com Zermatt e possui o charme das cidades alpinas. Mais para o oeste, na fronteira com a França, Courmayeur e La Thuile são outras duas boas dicas, debaixo do Monte Branco, o pico mais alto da Europa. Courmayeur é mais sofisticada, enquanto La Thuile é mais aconchegante.

    Em qualquer um desses lugares, a neve faz o espetáculo e o esqui traz a paixão. Basta esquiar uma vez, e o esporte gruda no nosso corpo e na mente. O gosto pelo voo e pela falta de gravidade é viciante. O melhor dos vícios. Para a vida toda.

     

     

    Luís Giffoni é cronista, romancista e palestrante. Autor de 26 livros, tem nas viagens uma de suas paixões. Nelas aprende a diversidade do mundo e das pessoas, experiência que acaba traduzindo em suas obras. Neste espaço, dá dicas sobre como aproveitar o mundo com os pequenos. giffoni@canguruonline.com.br
     

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