Saiba a seguir o que pode afetar a altura das crianças e quando o tratamento com Hormônio de Crescimento (GH - Growth Hormone) é indicado.
Quando a criança "estaciona" e não segue a média padrão de altura, os pais geralmente ficam apreensivos. No entanto, a baixa estatura não necessariamente é sinal de anormalidade.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, 80% da estatura da criança é determinada pelo tamanho dos pais. Portanto, se o pai e a mãe têm altura abaixo da média, os filhos seguirão o mesmo padrão.
No entanto, algumas variáveis podem interferir na altura da criança, como:
restrições no crescimento durante a gravidez;
doenças crônicas e raras;
uso de medicamentos;
transtornos do sono;
prática de exercícios;
saúde emocional.
A maior parte dos problemas de baixa estatura não está relacionada a fatores hormonais. A deficiência de hormônio de crescimento ocorre, em média, em 1 para cada 10 mil crianças.
Se o médico indicar a reposição hormonal para uma criança por razões específicas, o tratamento pode ser iniciado a partir dos 3 ou 4 anos de idade e durar até o fechamento (calcificação) da cartilagem óssea, por volta dos 18 anos. Mas lembre-se: cada caso é um caso.
São aplicadas doses diárias do estimulante, à noite, antes de dormir, com uma agulha que se assemelha àquela usada no tratamento de diabetes.
Em determinadas situações, o remédio pode ser conseguido gratuitamente pelo SUS. Se for comprado, a reposição hormonal pode custar cerca de R$ 2 mil mensais para uma criança de 30 kg, a depender da dose.
São injeções diárias, ao longo de anos. É preciso ter a certeza do diagnóstico e que a reposição hormonal é inquestionável para aquela criança.
Há alguns riscos associados à injeção de GH na criança. Como é um tratamento de longo prazo, alguns efeitos ainda são desconhecidos. Doenças cardíacas, diabetes e mesmo câncer já foram associados ao uso do GH. No entanto, se usado sob orientação médica o tratamento é bem tolerado e tem pouco ou quase nenhum efeito colateral.