Da Redação
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) publicaram nesta segunda-feira (16) a atualização do Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar, 12 anos desde o último documento do tipo.
Os mais de 20 especialistas que assinam o estudo afirmam que a alergia alimentar atualmente é considerada um problema de saúde pública, pois a sua prevalência tem aumentado nas últimas décadas no mundo todo.
A alergia alimentar é mais comum em crianças e a sua prevalência é de aproximadamente 6% em menores de 3 anos e de 3,5% em adultos.
Estudo populacional realizado a partir de registros médicos eletrônicos integrados do Partners HealthCare, em Boston (EUA), avaliou os dados sobre reações adversas a alimentos, entre 2000 e 2013 entre 27 milhões de pacientes. Identificou-se como os principais alérgenos os frutos do mar (0,9%), fruta ou vegetal (0,5%), leite e derivados (0,5%), e o amendoim (0,5%).
“No Brasil, os dados sobre prevalência de alergia alimentar são escassos e limitados a grupos populacionais, o que dificulta uma avaliação mais próxima da realidade. Estudo realizado por gastroenterologistas pediátricos apontou como incidência de alergia no país as proteínas do leite de vaca (2,2%), e a prevalência de 5,4% em crianças entre os serviços avaliados”, relata o documento.
Na infância, os alimentos mais responsabilizados pelas alergias alimentares são leite de vaca, ovo, trigo e soja, que em geral são transitórias. Menos de 10% dos casos persistem até a vida adulta. Entre os adultos, os alimentos mais identificados são amendoim, castanhas, peixe e frutos do mar.
O Consenso traz ainda um panorama sobre os mecanismos de defesa do trato gastrintestinal, os fatores de risco, comportamentais e culturais, as reações adversas, diagnóstico diferencial, teste de provocação oral e sua interpretação, exames, prevenção e as etapas dos diferentes tipos de tratamento da alergia alimentar, além de gráficos e tabelas que ilustram os tópicos abordados.
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