Kalil retira proposta anterior e nega novas negociações com grevistas

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    Da Redação

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    Assembleia de segunda-feira lotou av. Afonso Pena | Foto: Divulgação / Sind-Rede

     

    O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), divulgou nota à imprensa às 11h46 desta terça-feira (5) afirmando que retirou a última proposta apresentada ao Sind-Rede, sindicato que representa os professores municipais, e que não apresentou nova negociação com a categoria.

    Ele rebate notícia veiculada pelo jornal “O Tempo” que dizia que “representantes do comando de greve informaram que a equipe do prefeito Alexandre Kalil (PHS) apresentou na manhã desta segunda-feira (4), de forma não oficial, uma nova proposta de negociação”.

    Diz o comunicado do prefeito:

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    “1. Não autorizei, assim como não apresentei, nenhuma nova proposta ao comando de greve.
    2. Qualquer nova proposta que tenha sido apresentada em reunião formal ou informal é falsa e desprovida de legitimidade e autoridade.
    3. Reafirmo que determinei ontem, como já reportei à imprensa, a retirada da proposta anterior.
    4. A proposta apresentada em 02/05/2018, recusada pelo Sindicato e já retirada pela Prefeitura, concederia aumentos de até 21,55%. Trata-se do maior aumento já proposto desde a criação da carreira.

    Reafirmo que a volta às aulas será o sinal claro da retomada das negociações, e que, não sendo assim, a cidade deve se preparar para uma longa greve. O Sindicato, infelizmente, não representa de verdade as professoras que precisam de melhores salários, respeito à carreira e condições dignas de trabalho, nem as mães que necessitam voltar às suas rotinas, já tão prejudicadas pela situação de nosso país.

    O Brasil mudou não para alguns, mas para todos.”

    A nota à imprensa também foi publicada no site oficial da PBH às 14h56.

    Na tarde desta segunda-feira (4), cerca de 1.500 professores da educação infantil ocuparam duas faixas da avenida Afonso Pena, em frente ao prédio da prefeitura, em assembleia que decidiu pela continuidade da greve, que começou no dia 23 de abril. Os professores reivindicam equiparação total com a carreira de educadores do ensino fundamental, o que levaria a um aumento de cerca de R$ 700 no salário de cada educador. A administração municipal afirma que esse aumento não cabe no orçamento.

    Uma nova assembleia foi marcada para esta quarta-feira (6), às 9h, também na porta da PBH.

    Pais divididos

    Conforme demonstrado pela Canguru na semana passada, a paralisação deixa pais e mães divididos. Enquanto alguns se manifestaram em carta de apoio aos grevistas, outros fizeram um abaixo-assinado pedindo o fim do movimento.

    A carta dos primeiros, enviada ao prefeito e a vereadores, afirma: “A unificação da carreira de profissionais que tem trabalho similar não só nos parece justa e coerente, mas antes significa o reconhecimento da complexidade da atenção à educação na primeira infância, que envolve processos delicados de aprendizagem, requerendo, por parte das professoras, uma dedicação completa e intensa. Queremos continuar contando, para a educação das nossas crianças, com profissionais bem preparadas e dedicadas, que ajudaram a construir a excelência de um serviço que é referência no Brasil.”

    Já o abaixo-assinado diz: “A maiorias das crianças ainda estavam em fase de adaptação com o ambiente escolar quando as aulas foram interrompidas. Essa “pausa” causa retrocesso no desenvolvimento social da criança, quebra de rotina e privação de convívio com crianças da mesma idade. (…) Ao aderir a greve, exigindo um salário superior ao descrito no edital do concurso e que TODOS aceitaram, os professores não pensam nas crianças e desvalorizam a educação, mantendo as escolas fechadas.”

    Apesar de a greve ter continuado, alguns professores já estão optando por retomar às aulas, como a Canguru constatou em pelo menos três salas da Umei Vila Estrela, no bairro Santo Antônio, centro-sul da capital.

     

    Texto atualizado às 15h51

     

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