Neste sábado, 15 de maio, é comemorado o Dia Internacional da Família. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1993, para reafirmar a importância do núcleo familiar na formação dos indivíduos e é uma oportunidade de aumentar o conhecimento dos processos sociais, econômicos e demográficos que afetam a família (veja dados sobre o assunto abaixo).
A convivência mais próxima neste último ano, devido à pandemia, serviu de exemplo para mostrar o valor dos relacionamentos familiares e a necessidade de estreitar os laços com as pessoas que amamos, principalmente as crianças. Se por um lado elas foram privadas do convívio com os amigos e os professores, por outro, se beneficiaram do contato maior com a mãe, o pai ou responsável, principalmente aqueles que passaram a trabalhar de casa.
Juliana Hampshire, consultora pedagógica do Laboratório Inteligência de Vida (LIV), programa de educação socioemocional para escolas, diz que respeitar as individualidades e o espaço de cada um é importante para a boa convivência em família. “Reservar tempos individuais pode ser uma boa estratégia para enfrentarmos o isolamento social. Saber o que nos une, mas garantindo que cada um tenha voz e vez. Ter momentos de respiro nos ajuda no autoconhecimento e também dá fôlego para nos relacionarmos com o outro de maneira mais cuidadosa”, afirma a consultora pedagógica.
Para fortalecer a conexão com os filhos, ela diz que os pais devem observar o que desperta o interesse das crianças. “Assim podemos estabelecer lugares comuns de conversa, facilitando a comunicação, a escuta e o diálogo. Poder falar abertamente sobre os sentimentos e também os limites nos humaniza e cria conexão. Claro que respeitando a possibilidade de entendimento de cada um, adequando a forma com que falamos e os assuntos que tratamos.” Juliana sugere ainda apostar em atividades lúdicas para esse momento. “Propor atividades inéditas para todos, ou estimular que a cada semana uma pessoa convide todos a fazer algo de que ela goste pode ser muito legal também”.
A seguir, destacamos uma série de dados relacionados a casamento, maternidade, estilo parentais entre outros que fazem parte do universo familiar. (Com informações do Metro Internacional)
Fontes: IBGE, Instituto Data Popular, un.org, ourworldindata.org, flexjobs.com, markinstyle.co.uk, Nominet, Pew Research Centre, Media Reports
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Menos casamentos
As taxas de casamento estão diminuindo em muitos países: de 69% em 1970 para 64% em 2020. No Brasil, em 2019, pelo quarto ano consecutivo, o número de casamentos civis caiu. Os registros totalizaram 1.024.676 de casamentos, o que representa uma queda de 2,7% no número de certidões em comparação com 2018.
Mães brasileiras
No Brasil, existem 67 milhões de mães, das quais, 31% são mães solteiras e 46% trabalham.
Maternidade solteira em alta
Cerca de 12% das crianças de 0 a 5 anos moram com os pais solteiros, 92% delas moram com a mãe.
Apenas um filho
O número de casais que decidiram ter apenas um filho dobrou desde os anos 70.
Mães de primeira viagem
29,3 é a idade média da primeira maternidade que tem aumentado constantemente ao longo dos anos.
Mães e trabalho
A maioria das mães estão trabalhando e ficando em casa: 65% das mães que ficam em casa disseram que precisam e querem trabalhar.
Pais do mesmo sexo
75% das pessoas nos EUA acreditam que casais do mesmo sexo devem ter permissão para adotar e criar filhos.
Mídias sociais
1.500 é o número médio de fotos que uma criança postou nas redes sociais antes do quinto aniversário.
Tecnologia
A principal preocupação dos pais em relação aos filhos é o “uso excessivo da tecnologia”. Os especialistas recomendam limitar o tempo de uso das crianças.
Não coloque uma TV no quarto do seu filho
Ter uma TV no quarto está relacionado a uma série de problemas, incluindo notas baixas na escola, problemas de sono e obesidade.
Escolha um videogame ou um programa
Ao escolher um novo filme ou jogo para a família, leia as críticas, assista a prévias ou pergunte a outros pais. Conheça seu filho e confie em seus próprios instintos sobre o que é apropriado.
Opte por alternativas para atividades baseadas em tecnologia
Jogue jogos de tabuleiro ou desfrute de brincadeiras ao ar livre, se possível.
Coloque limites de tempo
Limite o tempo que seu filho gasta com tecnologias. Seja comprometido e cumpra os horários que definiu.
Desligue
Quando as crianças não estiverem assistindo a um programa adequado, desligue a televisão. Além disso, mantenha ela desligada durante as refeições e especialmente quando estiverem estudando ou fazendo lição de casa.
Estilos parentais
Pais cortadores de grama
Tendem a eliminar todos os desafios, desconfortos e lutas das crianças.
Pais helicóptero
Tendem a pairar, e isso pode continuar durante a faculdade.
Pais caipiras
Permitem que seus filhos caminhem até a escola ou parquinho próximo sozinhos.
Pais apegados
Usam a proximidade natural ao invés do relógio para determinar as necessidades de seus filhos.
Pais tigres
Conhecidos por colocar os estudos e atividades extracurriculares acima do tempo de lazer.
Pais elefantes
Valorizam o incentivo em vez do sucesso acadêmico ou atlético.
Para ouvir e cantar junto
Na música, as relações familiares inspiram sucesso em diferentes gêneros musicais. Veja algumas canções que versam sobre o tema para cantar em casa, seja junto ou de saudade.
- “Trem-bala“, de Ana Vilela, 2016
- “Família“, dos Titãs, 1986
- “Eu“, Palavra Cantada, 1998
- “A grande família“, Tom e Dito, 1972
- “Te amo família“, Carlinhos Brown, 2007
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