Educação infantil tem menor aderência às aulas online, mostra pesquisa feita com professores

A Nova Escola realizou uma pesquisa online com 9.557 professores da rede pública e particular do ensino infantil, fundamental e médio

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Estudo sobre a situação dos professores, que ouviu mais de 9 mil docentes, revela que a educação infantil é que a tem menor participação online
18% dos professores afirmaram não estar trabalhando com as crianças da Educação Infantil neste momento
Buscador de educadores parentais
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Um estudo sobre a situação dos professores feito em maio com mais de 9.000 profissionais de escolas públicas e particulares da educação básica revelou que a Educação Infantil é a etapa com menor participação das crianças nas aulas remotas. Somente 28% dos docentes dessa etapa disseram que contam com a presença da maioria de seus alunos nas atividades online. Já 18% dos professores afirmaram não estar trabalhando com os pequenos neste momento e 51% deles disseram que poucos têm participado das atividades. O ensino Fundamental I é que tem conseguido maior envolvido dos alunos – 47% dos docentes afirmaram ter a maior parte de seus alunos presentes nas atividades propostas. No Fundamental II e no Ensino Médio, esse índice é de 38%.

Segundo a pesquisa “A situação dos professores no Brasil durante a pandemia”, a participação nas aulas online tem sido maior na rede privada. Enquanto 59% dos docentes das escolas particulares relataram que a maioria dos alunos têm participado das atividades remotas, nas escolas públicas, 50% dos professores fizeram a mesma afirmação.

A análise feita pela Nova Escola, antiga revista que hoje é um negócio social voltado à formação docente, focou o estudo em quatro eixos: participação dos alunos e famílias nas atividades, situação do professor, situação da rede e perspectivas para o retorno das atividades presenciais. 

Leia também: O despreparo de escolas e professores na tela

Participação das famílias nas aulas online também deixa a desejar

Quanto à participação das famílias, a situação varia entre as redes e etapas de ensino, sendo maior na rede privada . No geral, 31,9% dos professores afirmaram que pais, mães e responsáveis têm acompanhado os filhos nas aulas virtuais. Nas escolas particulares, a participação familiar é de 58%. Na rede pública, o número é de 36%. Tanto na Educação Infantil quanto nos anos iniciais do Ensino Fundamental, apenas 3% dos professores afirmam que todos os responsáveis têm participado. Na Educação Infantil, 51% dos professores relatam que poucas famílias têm participado e 32% que a maioria tem participado. Nos anos iniciais, os números são de 43% para a participação de poucas famílias e 42% para a maioria. 

Internet e dispositivos eletrônicos dificultam acesso à web

Os depoimentos coletados no estudo sobre a situação dos professores apontam que a falta de equipamentos eletrônicos e acesso à internet são os principais motivos para a ausência de retorno dos alunos sobre as tarefas e incentivo e apoio das famílias ao ensino remoto. Alguns professores relatam ainda a dificuldade dos alunos para acessar os aparelhos dos pais, seja porque estão fora de casa trabalhando ou porque os celulares não possuem recursos tecnológicos ou conectividade que suportem o recebimento e envio dos conteúdos pedagógicos. 

Situação do professor: como avaliam a experiência do ensino remoto

Para 33% dos docentes, a experiência de ensino remoto foi avaliada como razoável, e para 30%, como ruim ou péssima. Entre principais fatores negativos apontados pelos educadores estão os desafios para a adaptação do formato, baixo retorno dos alunos, alta cobrança de resultados, crescimento da demanda de atendimento individual às famílias e falta de capacitação, de infraestrutura e de contato direto com os alunos. 

Para ler a pesquisa completa, clique aqui.

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