‘Não precisa chorar’: ”5 frases que não devemos dizer aos filhos 

Sem perceber, muitos pais usam falas que representam uma forma de violência psicológica contra as crianças

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Diálogo e respeito mútuo permitem promover uma educação firme e gentil
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Muitas vezes, os pais usam frases ou têm atitudes que podem parecer inofensivas, mas representam uma forma de violência psicológica disfarçada contra as crianças. São afirmações como “Não precisa chorar” ou “Mamãe fica muito triste quando você faz isso”, que costumam ser usadas para corrigir ou orientar os filhos, no entanto, podem ter efeitos negativos duradouros na personalidade e autoestima das crianças, fazendo surgir sentimentos de culpa e insegurança. 

“Sem muita consciência, os pais repetem comportamentos que impactam profundamente o desenvolvimento emocional das crianças, destaca a educadora parental Priscilla Montes. 

Para ela, a falta de compreensão sobre o desenvolvimento infantil pode contribuir para atitudes e falas desrespeitosas e mesmo agressivas. “Expectativas irreais em relação ao que uma criança pode ou não fazer, muitas vezes, resultam em frustração e insatisfação por parte dos adultos, gerando hostilidade que, direta ou indiretamente, afetam a criança”, relata Priscila. 

Ela diz ser necessário resolver a situação do momento e, ao mesmo tempo, ensinar para o futuro. Com conhecimento e apoio profissional, os pais poderão entender aspectos cognitivos e emocionais da criança, e tomar consciência de que precisam cuidar de si para cuidar melhor dos filhos. 

Frases que devem ser evitadas: 

 “A gente fica muito triste com esse comportamento.” 

 “Se continuar, a mamãe/o papai vai te deixar aqui sozinho.” 

 “Ah, ignora, logo passa.” 

 “Não precisa chorar. Engole o choro.” 

 “Você só faz tudo errado, muito desastrado. Deixa que eu faço.” 

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Educação firme e gentil  

“A educação positiva oferece um caminho baseado no diálogo, respeito mútuo e na dignidade, orientando para uma educação firme e gentil, sem cair no autoritarismo ou na permissividade”, afirma Priscila. O ensinamento de habilidades de vida, como paciência, respeito, autonomia e empatia, na infância e na adolescência fazem parte dessa abordagem, acrescenta a educadora parental.  

“Precisamos aproveitar cada desafio comportamental como uma oportunidade de ensino, refletindo sobre quais valores e habilidades podemos transmitir aos nossos filhos para que eles os carreguem pela vida”, conclui. 

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