3 dicas para falar sobre cibersegurança com os alunos  

Especialista dá orientações para desenvolver o pensamento crítico no ambiente virtual

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Alunos usam computadores
Atividades preveem discutir conteúdos publicados em sites de notícias confiáveis
Buscador de educadores parentais
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Situações antes restritas aos corredores escolares, casos de cyberbullying têm se tornado comuns nas redes sociais e outros ambientes virtuais nos últimos anos. Segundo uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2021, aproximadamente um em cada dez adolescentes (13,2%) relatou ter se sentido humilhado, ameaçado ou ofendido em redes sociais ou aplicativos.  

Além do cyberbullying, temas como proteção da privacidade de dados e combate à divulgação de notícias falsas também compõem as discussões sobre segurança digital. Com o livre acesso à internet, crianças e jovens ficam cada vez mais suscetíveis a crimes que podem colocar sua segurança e integridade em risco. A exemplo do phishing – golpe que atrai a vítima a clicar em links falsos, com o objetivo de roubar dados, dinheiro ou, até mesmo, instalar um software malicioso em seu dispositivo.   

Neste contexto, a escola desempenha um papel importante na orientação aos alunos no que diz respeito à cibersegurança (ou segurança cibernética). É o que afirma Daniel de Freitas, assessor pedagógico da Mind Makers, editora educacional que trabalha com a disciplina de pensamento computacional na educação básica.   

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“Nossa preocupação é ensinar crianças e adolescentes a terem uma postura adequada em ambientes virtuais”, diz Freitas. Para ele, é fundamental que os estudantes trabalhem temas como configurações de privacidade, segurança digital, prevenção a golpes, fake news e cyberbullying.  

Para ajudar as escolas a incluírem a cultura digital em sala de aula, o especialista destaca três dicas para potencializar as discussões sobre cibersegurança com os alunos. Confira!  

  • 1 – Propor atividades práticas: por tratar de temas complexos, uma opção é pedir que os alunos “coloquem a mão na massa”. Freitas traz um exemplo para promover reflexão sobre privacidade e segurança digital: “com vários computadores conectados, pedimos para um aluno enviar uma mensagem a um colega, mas ele só vai conseguir se o computador estiver identificado na rede. Com isso, demonstramos que nenhum computador que está conectado na rede global de computadores — a internet — é invisível, e existem mecanismos e formas de identificar”, explica.  
  • 2 – Vincular o estudo ao cotidiano: é preciso que o trabalho sobre cibersegurança seja feito com os alunos de forma contextualizada. Por essa razão, as atividades propostas devem dialogar com a forma com que os alunos utilizam o espaço digital em seu cotidiano, considerando memes, trends e outras linguagens atuais. “É importante conscientizar os estudantes quanto às informações sensíveis que compartilhamos mesmo quando fazemos algo simples como efetuar uma compra pela internet”, explica. Dados pessoais, endereço, CPF e números de cartões, se fornecidos a um site falso, podem facilitar um golpe, alerta o assessor pedagógico.  
  • 3 – Promover discussões com base em casos reais: “É interessante apresentar casos e situações do mundo real, esmiuçando os tipos de crimes mais cometidos e violações de segurança que já foram praticadas dentro do ambiente cibernético”, recomenda Freitas. Uma orientação é conferir notícias em sites jornalísticos de confiança e, em seguida, realizar discussões a partir do conteúdo analisado. 

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