para (des)aprender ao praticar parentalidade consciênte

7 atitudes

A parentalidade consciente é uma forma de criar os filhos com participação e presença, base do princípio mindfulness. 

A prática valoriza a autorregulação e o autoconhecimento dos pais, e se baseia numa educação com respeito e compreensão, que busca fortalecer as crianças.

Para a educadora parental Mikaela Övén, é essencial entender o que os filhos querem comunicar por meio de seus comportamentos e abrir espaço para a empatia, a compaixão e a gentileza, fazendo assim com que cresçam com autoestima saudável.

A seguir, veja sugestões da especialista, que criou a Academia da Parentalidade Consciente e é autora de cinco livros sobre o assunto.

     Punição não é necessária para a aprendizagem. Pelo contrário!

Eu posso ensinar sobre um comportamento saudável para todos sem punir comportamentos “maus”.

     Não preciso fazer os meus filhos sentirem-se bem quando estão tristes, frustrados, zangados. Não preciso salvá-los de emoções fortes e dolorosas. Pelo contrário!

O meu papel é oferecer espaço para a criança sentir o que está a sentir, sem julgamentos.

     Mostrar amor, empatia e compaixão quando os meus filhos se “portam mal” não reforça o comportamento. Pelo contrário!

Motivação é mais complexo que isso e uma resposta gentil aos comportamentos desafiadores promove um sistema nervoso regulado. 

Um sistema nervoso regulado e uma criança com as suas necessidades satisfeitas não precisa se “portar mal”.

     Não preciso corrigir ou repreender ou ensinar o meu filho em cada momento de desafio.  O comportamento não é um problema. Pelo contrário!

Se o meu filho ficar chateado ou triste com os meus “nãos” e limites está tudo bem (desde que os nãos e os limites façam mesmo sentido).

É normal. E é bom sinal ele sentir que pode exprimir o seu desagrado.

     Quando os meus filhos fazem algo inapropriado, eu não preciso lembrá-los disso constantemente. Pelo contrário!

Eles já sabem. Em momentos de comportamento inapropriado o meu papel é de guia e mentor, não de juiz.

     Não posso confiar apenas no meu instinto. Pelo contrário!

O meu instinto às vezes pode ser violento. Preciso trazer consciência ao meu instinto para poder avaliar se ele faz mesmo sentido.