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    Seis atitudes para um convívio mais inclusivo

    Buscador de educadores parentais

    Da redação

    No Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, 21 de setembro, o Instituto Rodrigo Mendes destaca que e a principal barreira para a implementação de políticas bem estruturadas para as pessoas com deficiência ainda é atitudinal. Parte da sociedade ainda tem uma visão antiquada sobre as deficiências. “No atual contexto, esse dia impõe como desafio para toda a sociedade pensar em como desconstruir a noção de que é o impedimento – físico, intelectual, sensorial ou mental – o único definidor da pessoa com deficiência. Precisamos estabelecer novas atitudes que considerem que, antes dessa característica, o que importa é a pessoa”, afirma Liliane Garcez, gerente de programas do Instituto Rodrigo Mendes (IRM).

    O instituto destaca abaixo seis comportamentos inclusivos para uma convivência mais saudável entre todos no dia dia.

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    Foto: Pixabay

     

    Seis atitudes para um convívio mais inclusivo

    1) Evite eufemismos

    Expressões usadas no passado, como “inválido” e “defeituoso” são hoje vistas como desrespeitosas. Entretanto, termos ainda muito presentes em nosso cotidiano, como “portador de deficiência”, “pessoa com necessidade especial” ou “excepcional” também não são apropriados. O adequado é “pessoa com deficiência”, ou seja, colocar a pessoa na frente da característica. “É desnecessário tentar contornar o uso da palavra deficiência, já que ela não é negativa”, afirma Liliane Garcez, gerente de programas do Instituto Rodrigo Mendes (IRM).

     

    2) Certifique-se que a pessoa com deficiência quer ou precisa da sua ajuda

    Um dos fatores que mais limitam a participação e o desenvolvimento pleno das pessoas com deficiência é a tendência de supor que elas não têm capacidade de fazer determinadas coisas. Quando presumimos que uma pessoa não irá dar conta de algo, deixamos de investir em seus potenciais e desrespeitamos suas possibilidades. É o que acontece se a superproteção impede a autonomia: quando guiamos uma pessoa cega ou em cadeira de rodas sem antes perguntar se ela quer ser guiada ou se precisa de apoio. Lembre-se que tocar ou direcionar um desconhecido, seja ele uma pessoa com ou sem deficiência, pode ser invasivo. Nesses casos, o diálogo é sempre o primeiro passo.

     

    3) Não a infantilize nem ignore

    Você não precisa afinar a voz, elogiar desnecessariamente, evitar assuntos ou usar diminutivos para falar sobre ou com uma pessoa com deficiência. Fale de acordo com a idade que ela tem. Trate crianças com deficiência como as crianças em geral. Ao interagir com adultos, não precisa evitar temas como política ou sexo. Se a pessoa estiver acompanhada por um familiar ou um profissional de apoio, não o use como “representante” nem converse sobre ela como se não estivesse presente.

     

    4) Encare a deficiência como uma característica pessoal

    Por décadas, a sociedade encarou a deficiência como uma questão exclusiva da área da saúde, ou seja, como um problema de ordem natural que deveria ser curado ou solucionado. Com o tempo, percebemos que deficiência não é uma doença – e, portanto, não existe uma busca pela cura –, mas apenas mais uma forma de ser. Cada pessoa lida com a deficiência de um jeito particular, mas não suponha que todas estão infelizes e sofrem por sua condição.

     

    5) Fique de olho nas barreiras que você mesmo constrói

    A deficiência é o resultado de uma equação que relaciona os impedimentos que são particulares à pessoa a barreiras que existem no mundo, ou seja, o que é de interesse das pessoas com deficiência também diz respeito à sociedade. Procure perceber quais suas atitudes cotidianas que podem dificultar a interação com pessoas com deficiência: mantenha um olhar crítico sobre seu comportamento, a linguagem utilizada e a acessibilidade dos espaços que você frequenta.

     

    6) Reconheça que toda pessoa aprende

    Sejam quais forem as particularidades intelectuais, sensoriais e físicas, todos têm potencial de aprender e ensinar. Não deixe de passar uma instrução ou delegar uma tarefa a uma pessoa com deficiência. Nas escolas, o corpo docente precisa investir na organização de estratégias pedagógicas que favoreçam a criação de vínculos, as relações de troca e o acesso ao conhecimento.

     

    7) Mantenha altas expectativas

    Nas escolas, os métodos de ensino padronizados forçam os estudantes, com e sem deficiência, a se adaptarem ao que é considerado “normal”. Essa homogeneização causa frustração aos educadores, que muitas vezes caem na armadilha de esperar menos dos estudantes com deficiência. E, evidentemente, sem altas expectativas, não é possível maximizar a aprendizagem e a participação.

     

    Saiba mais sobre o Instituto Rodrigo Mendes aqui.

     

     

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