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Alguns repelentes protegem por menos tempo do que diz o rótulo

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Por Redação

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Pixabay

A PROTESTE, Associação de Consumidores, divulgou, nesta segunda-feira,  os resultados do teste que verificou a eficácia e a qualidade dos principais repelentes do mercado. Foram testados 11 produtos, sendo oito de uso familiar e três de uso infantil. Os resultados foram preocupantes.

O verão está próximo e, com ele, insetos inconvenientes voltam a aparecer com mais frequência e podem transmitir doenças como a dengue, zika e chikungunya, desencadear quadros alérgicos ou no mínimo provocar o desconforto da picada na pele.

Foi pensando no bem-estar do consumidor, que compra repelentes com o objetivo de se resguardar, que a PROTESTE conferiu a qualidade de diferentes produtos e marcas. De acordo com os testes, ficou comprovado que todos os produtos avaliados são eficazes contra os mosquitos. No entanto, alguns protegem por menos tempo que o indicado na embalagem, o que representa um grande perigo à população, que acredita estar protegida por um tempo mais longo.

A pesquisa avaliou marcas que utilizam componentes como Deet, Icaridina e IR3535. Este último, por sinal, é o menos tóxico.

Vale ressaltar que essas substâncias podem causar reações indesejáveis, sobretudo alérgicas, em peles mais sensíveis.

Algumas têm efeitos já bem conhecidos, mas ainda não há estudos conclusivos sobre a ação de todos os ativos repelentes em organismos mais sensíveis, como os de crianças e gestantes. Por isso, é importante que a escolha seja feita com cuidado.

RESULTADOS:
Quanto à rotulagem obrigatória, todos os produtos estão de acordo com a legislação para cosméticos e repelentes. A maior parte deles apresenta o rótulo legível.

No Super Repelex, porém, as letras são muito pequenas, o que dificulta bastante a leitura e, por isso, ele foi considerado aceitável nesse item. Johnson’s Baby, SBP e Out Inset foram avaliados como bons.

O Exposis Extreme é o produto que protege por mais tempo (nove horas), seguido pelo Exposis Infantil, que pode impedir picadas de mosquitos durante oito horas.

Decepcionantes:

O problema é que, apesar de oferecerem boa proteção, ela não condiz com a informada no rótulo. O Baruel, por exemplo, garante proteger por 13 horas, cerca de cinco a mais do que o tempo verificado no teste da PROTESTE. Foi a maior diferença encontrada entre os produtos avaliados. O Isdin Xtrem age por cinco horas e 15 minutos. No entanto, a embalagem informa que esse tempo de proteção é de sete horas.

O Exposis, nas duas versões, também protege por período inferior ao que está informado no produto. O infantil age por duas horas a menos e o Extreme, por uma hora. Assim, os quatro repelentes que apresentaram essa variação foram considerados fracos no critério veracidade do rótulo. Desse modo, o consumidor, ao confiar na informação do rótulo, compra e utiliza um repelente acreditando estar resguardado contra os mosquitos por mais tempo do que realmente está.

Esse tipo de conduta do fabricante é considerado oferta enganosa, segundo o Código de Defesa do Consumidor.

Melhores do teste:
Dentre os produtos para uso familiar, o SBP foi o que apresentou o melhor desempenho, protegendo por até 5 horas contra o mosquito Aedes e Culex, além de cumprir exatamente o tempo de proteção declarado no rótulo.
No caso dos produtos infantis, o Jonhsons Baby apresentou os melhores resultados, protegendo por 4 horas contra a picada dos mosquitos Aedes e por quase 5 horas contra o Culex, também cumprindo o tempo de proteção descrito no rótulo.

Custo benefício:
A última etapa do teste foi medir a dosagem do princípio ativo, ou seja, conferir se a concentração dessa substância é a mesma que consta do rótulo. A Proteste tolerou uma variação de 10%, para mais ou menos. Felizmente, todos os produtos foram bem avaliados nesse sentido.

O consumidor vai conseguir encontrar bons repelentes para uso familiar e infantil por preços acessíveis. Se optar pela escolha certa (Xô Inseto) em vez do mais caro do teste (Isdin Xtrem), na categoria família (acima de 2 ou 3 anos), pode economizar cerca de R$ 40, considerando os preços mínimos de ambos por embalagem. Se considerarmos uma família com 4 pessoas comprando 1 frasco por mês, essa economia chega a R$480 por ano!

MEDIDAS:
O teste com repelentes já foi realizado pela Associação no ano de 2015 e apresentou resultados insatisfatórios. No entanto, o quadro deste ano mostra claras melhorias, mas ainda não o suficiente para garantir uma proteção tranquila aos consumidores.

Diante de alguns resultados deste teste, a PROTESTE denunciou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) os fabricantes dos repelentes que apresentaram tempos de proteção contra mosquitos inferiores aos informados nos seus rótulos. Também pediu a alteração das embalagens dos produtos e todo o material publicitário usado para promovê-los. O consumidor que compra e utiliza um produto com esse tipo de falha acaba expondo sua saúde a riscos ao acreditar em uma oferta enganosa.

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