Um dos grandes problemas da educação moderna é a superproteção dos pais com os filhos. Crianças e adolescentes são poupados de frustrações e, assim, formam-se pessoas frágeis, com baixo sistema imunológico emocional.
A superproteção não tem a ver somente com não querer que o filho se frustre. Ela, aliás, está muito mais relacionada a nós mesmos, mães e pais, que não suportamos que nossos filhos chorem, que nos momentos de birra da criança ou de mau humor do adolescente, não sabemos como agir. A superproteção vem da nossa incapacidade de lidar com os sentimentos de frustração, de impotência e de vulnerabilidade que acompanham a maternidade e a paternidade.
A parentalidade tem muitos desafios e um dos maiores é saber como agir diante de nossas limitações. Os filhos não são nosso projeto de vida. Eles são seres humanos com diferentes personalidades, que sabem e querem fazer as próprias escolhas. Nosso papel é conduzi-los para que sejam suas melhores versões. E estas, muitas vezes, não são aquelas que idealizamos para eles.
Para guiar nossos filhos com inteligência, precisamos conter nossa frustração por não conseguir resolver todos os conflitos deles, pois eles precisam passar por essas situações já que as dores fazem parte da vida.
Eu proponho uma reflexão para você fazer consigo mesmo: por que meu filho não pode chorar? Por que ele não pode se frustrar? Por que eu tenho que atrelar minha competência materna (ou paterna) ao resultado comportamental do meu filho, ou seja, se ele sorri, sou boa mãe, se ele chora, não sou tão boa assim?
Os comportamentos de crianças e adolescentes têm a ver com as emoções, com a maneira como eles lidam com os sentimentos, com os hormônios, entre tantas outras variáveis. Então, quando seu filho chorar, tiver um ataque de fúria ou lhe implorar por algo que você queira negar, não caia na armadilha da superproteção. Não tenha medo de dizer “não” ou de magoá-lo. Prepare-o para ser emocionalmente forte e saudável!
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