Diferentemente da depressão, o burnout é o limite físico e emocional atingido no seu máximo grau, quando há a sensação de que todos os limites foram extrapolados.
Alguns dos sinais de burnout materno envolvem irritação, cansaço, tristeza, isolamento, baixa autoestima, não cumprimento de tarefas diárias, sejam elas simples ou complexas, despersonalização e desmotivação.
A pediatra Mariele Rios listou ações para ajudar mulheres que se identificam com os sintomas dessa doença. Veja a seguir.
Procure apoio psicológico. Agende terapia “para ontem” com mulheres e mães que entendam do assunto.
Se possível, procure um psiquiatra e dialogue. Algumas mulheres precisam ser medicadas.
Se houver intenções suicidas, ligue agora de forma gratuita para 188, que é o Centro de Valorização da Vida (CVV).
Procure grupos de mães e saia de casa. Se não for possível ser sem a criança, leve-a.
Caso não tenha rede de apoio, procure uma escolinha para seu filho. Mães doentes não conseguem cuidar.
Tente lidar com suas questões com foco no problema e não nas sensações. É diferente : “estou cansada e preciso descansar" de “preciso de tempo e vou deixar o bebê com a avó 2h para ler um livro”.
Olhe para o seu relacionamento conjugal e inicie um diálogo. Um estudo em 2017 mostrou incrivelmente que mães que são “casadas” sofrem mais de burnout, inclusive por opressão de homens que acham que fazem demais ou que não aceitam a parceira estar no limite.
Avise para as pessoas que está em colapso e que precisa de ajuda. E aceite ajuda.
Se valorize. Se imponha.
Desapegue do controle. Os estudos mostram que o padrão controlador é um ponto central desta questão. Achamos que só nós podemos fazer e isso se torna cômodo pro entorno. É libertador delegar, dar uns perdidos e deixar os outros passarem aperto.